Um rufar de tambores, se faz favor…

… E junta-se um vestido vermelho à festa! Depois do Fred e do Gaspar bem enfarpeladitos com os seus novos papillons, parece-me a altura ideal para apresentar (finalmente!!!) o meu primeiro projecto escolar em tecido.

Já tinha partilhado aqui no blog aqueles pequenos detalhes que completam o charme da peça – podem recordar no post https://suzanices.wordpress.com/2012/04/17/pequenos-detalhes/ -, mas só agora vos mostro o produto final – e numa das fotos com o bónus, ou não!, de um vislumbre da minha pessoa de costas; mais uma vez: obrigada Margarida!

Já tinha muito respeito pelas modistas/costureiras que povoam o nosso planeta – e quiçá o Universo!!! -, mas agora encaro o seu trabalho de forma muito mais profunda. A maioria de nós não dá o devido valor a estas pessoas que tanto trabalham para fazer roupinhas por medida ou ajustar as roupas aos nossos corpinhos – alguns deles bem tortos por sinal; tanta curva e contra-curva deixaria os motoristas mais habilitados mal dispostos, isso vos garanto! -, que tanto batalham para andarmos agasalhados e protegidos de forma harmoniosa (nem sempre!!!) e/ou original.

Voltando ao vestido, confesso que me deu muito prazer fazê-lo (além de algumas, ligeiras, dores de cabeça, na busca inglória de perfeição!), e ainda mais terminá-lo. É uma peça para meia estação, que dá para vestir sozinha ou com camisola de gola alta e meias por baixo – a Gigi vesta-a singela, eu mais preparada para o frio, nas fotos que podem ver a seguir. Ahhh, acerca das fotos, resta dizer que a cor correcta é a da segundo foto; a Gigi (para não estar sempre a maldizer a minha máquina fotográfica!) tornou o tecido mais rosado do que é na realidade!

A Gigi veste o vestido sem 'nada' por baixo...

...eu vesti-o mais preparada para o frio.

Suponho que, daqui a algum tempo, olharei para o vestido e para estas fotos com uma perspectiva completamente diferente – “Xiiii, a minha alegria por ter feito um vestido tão simples que agora faço numas poucas de horas!” – mas sei que continuarei a olhar para a peça com carinho, afinal foi a primeira concebida e concretizada por mim, se bem que com a preciosa orientação da professora. Até lá, vou continuar a festejar mais uma meta alcançada. E já tenho o Fred e o Gaspar, ‘empapillados’ à minha espera!…

Irresistível elegância animal

É irresistível!… Todos aqueles que têm animais de estimação, sobretudo no caso de cães ou gatos, conhecem aquele impulso de humanizar, ainda que ligeiramente, o amigo peludo. Sabem do que falo, certo? O impulso que, invariavelmente, se traduz em vestir umas roupinhas, aplicar uns acessórios…

Cães, gatos, hamsters, sempre foram uma companhia ao longo da minha vida e, se pensar bem nisso, foram eles o alvo das minhas primeiras Suzanices. Recordo-me de inventar histórias com a minha primeira gata, a Lili, recorrendo a diversos acessórios que ela, com uma paciência infinita e até algo atípica dos felinos, aceitava envergar; depois seguiam-se sessões fotográficas, animadas por gargalhadas. A Buba, uma cadela que viveu coonosco cerca de 10 anos, também não se importava de vestir roupinhas de bonecas e parecia adorar que lhe pintasse as unhas de vermelho – quase jurava que o seu porte de caniche caprichosa se tornava ainda mais portentoso – depois de feita a sua manicura.

Estes são apenas 2 episódios de entre tantos, e como dizem que tudo na vida é ciclíco, voltei a humanizar os meus companheiros de 4 patas através de acessórios ;O)

Aproveitando que uma colega de escola resolveu fazer uns papillons para oferecer e que o processo não iniciou da melhor forma resultando em material inutilizado – Margarida, obrigada pelos ‘restos’! -, fiz um bonito bow tie para os meus gatões quadrúpedes. 

O Fred apreciou a experiência e manteve a sua natural postura blasé.

Sim, apreciem a minha elegância natural, acentuada pelo papillon...

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Já o Gaspar, apesar de ter deixado o papillon sossegado por instantes suficientes para a fotografia, mostrou-se desconfortável e fez-me lembrar aqueles senhores que obrigados a usar gravata nos casamentos, sonham com o copo de água para poderem afrouxar o nó e começar o divertimento! 

Vou ficar muito quietinho... pode ser que isto desapareça do meu pescoço...

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Se gostaram da ideia de fazer um papillon – não necessariamente para o vosso companheiro não humano – vejam este tutorial http://www.youtube.com/watch?v=TydoohGHCRY (mais uma cortesia da amiga Margarida da costura!).

Sewing Little Helper

Não é só o Pai Natal que tem ajudantes! Aqui apanhei o Fred a verificar medidas :O)

Com duas réguas 'à pata' não há como falhar!

Os meus gatos ADORAM ‘ajudar-me’. Seja deitados em cima dos meus projectos – para testarem a maciez dos tecidos utilizados -, espalhando os utensílios – sempre atentos à minha acuidade visual e mobilidade, tentam ao máximo que eu me mexa, ao tentar alcançar alfinetes, carrinhos de linha e outras coisinhas que ‘escorregam’ para debaixo dos móveis -, ou simplesmente analisando o processo de concretização das Suzanices!

Também gostam particularmente de fazer companhia à minha máquina de costura e, nas noites mais frias, tentam inclusive aquecê-la, trepando para cima dela.

Não são uns gatos amorosos?

Os gatos marotos em carne e osso… e pêlo

Já houve quem me perguntasse porque insisto tanto em fazer coisas relacionadas com gatos, quando os cães são, ainda, o alvo da preferência das pessoas no que toca a animais domésticos. A resposta não podia ser mais simples: além de adorar gatos (também gosto de cães, de roedores, de pássaros, de lagartos, de insectos… gosto de seres vivos e ponto final!), dois representantes do mundo felino fazem parte da minha família nuclear.

O Fred mostra ternura, o Gaspar rebeldia... esta imagem resume tudo

São eles o Fred e o Gaspar. Apesar de um início algo turbulento, devido à habituação entre 2 gatos machos adultos, hoje em dia dão-se… não direi bem, mas, a maior parte das vezes, toleram-se o que, segundo sei, já não é nada mau tendo em conta as circunstâncias.

O Fred veio para casa dos meus pais já adulto, com o Gaspar já residente. Um ternurento e meigo gato preto com uma pelagem maravilhosa, abandonado ou perdido que, inicialmente, recolhi como FAT (Família de Acolhimento Temporário) para depois ser adoptado por uma amiga. De FAT a FAD (Família de Acolhimento Definitivo) foi um salto, pois conquistou-me de tal forma que já não o deixei ir.

O Gaspar é o mimado da família. É terrível, um pirata. Adoptámo-lo ainda em bebé, em risco de vida, e passados 6 anos é um animal que tanto é adorável como um autêntico terrorista. Mas com momentos fabulosos de ternura, de conversas intermináveis – adora miar – além de uma esperteza de nos pôr os cabelos em pé: abre portas e gavetas com as patas para explorar o proibido e roubar elásticos de cabelo.

Em comum têm o facto de serem absolutamente adorados, como qualquer membro da família, além de me servirem de inspiração para o gato maroto.